Se os gestores que têm saído das ultimas fornadas das Universidades (porque de autenticas fornadas se trata) , conseguirem um lugar onde possam demonstrar na prática o que lhes tem sido incutido (também se poderá dizer ensinado) poderão dar ao País uma imagem daquilo que se pretende para o futuro.
Para o futuro pretende-se rigor , competência e honestidade. Que sejam de vez abolidas a vaidade, a ostentação e a falta de respeito pelo semelhante.
No pressuposto de que as Universidades formam homens e profissionais de topo nas diversas actividades é expectável para o cidadão comum, que ao dirigir-se a um organismo público ou privado que esteja assistido por um desses profissionais receba um tratamento profissional correspondente, ou seja, compatível com um padrão de , qualidade e competência técnica da área respectiva, sempre na observância de padrões de honestidade e honradez.
Não se pode consentir que um incauto "mas honesto" cidadão se dirija a uma instituição bancária e deposite o fruto de anos e anos de trabalho amargo, na expectativa de estar a tratar com organismos e profissionais sérios, e, verificar mais tarde que foi enganado. Que o seu depósito, afinal não era um depósito a prazo, mas sim uma aplicação financeira num fundo de alto risco e proveito diminuto para o titular do dinheiro investido. Que afinal o seu dinheiro tinha servido para alimentar as comissões dos intervenientes no negócio, a começar por quem lhe recebeu o dinheiro e tinha o dever ético de lhe explicar qual era a finalidade, até aos gestores de topo que embolsavam comissões e ordenados leoninos.
Que dizer agora a essa humilde e esforçada gente? Que não sabiam que a coisa ia dar para o torto? Encolher os ombros e pedir paciência? Que não sabiam que os dinheiros eram aplicados em fundos de duvidosa solidês?
Se não fosse sério seria risivel!
A começar pelos mentores, até aos executaqntes com responsabilidade técnica (diga-se gestores que têm o dever de ética ) todos deveriam ser chamados à justiça, e para além da correspondente sanção penal dveria ser exigido o regresso de tudo com que indevidamente se locupletaram. Só assim seria feita alguma justiça e não faria com que o povo tivesse saudades de outros governos e outros governantes, que, poderiam não ser democratas, mas pelo menos eram sérios. É a seriedade que falta a muitos e bons gestores, de cuja conduta fraudulenta (agora chama-se engenharia financeira) resultam graves atropelos à moral e à carteira dos incautos,
Mas, há ainda outra classe de figurões que deviam ser responsabilizados! São aqueles que por via de propaganda fácil estão instalados nos poleiros conferidos pela votação, (alguns por nomeação), e não têm a coragem de produzir e aprovar legislalão que ponha na prisão efectiva esses ladrões de colarinho branco.
As somas astronómicas com que se empanturram esses gestores é aviltante.
Tenham vergonha.