Que nos interessa a TAP? Ter uma companhia aérea de bandeira é um luxo de que só alguns beneficiam e todos pagam.
Beneficiam especialmente os administradores e gestores de coisa nenhuma que por lá cirandam e são pagos a peso de ouro; os dirigentes sindicais do pessoal de voo, e de terra, bem como os correspondentes sindicalizados. Os primeiros, porque irresponsavelmente reivindicam aumentos de salários não correspondentes com a produtividade, e os segundos, porque sempre estão de acordo em aderir a greves que, no fundo, sabem ter finalidades políticas. É que, dinheiro eles já ganham a mais, especialmente o pessoal de vôo. E se assim não fosse, os descontentes sempre poderiam mudar de empresa. Mas, por se tratar de uma empresa pública, torna-se mais fácil reivindicar aumentos salariais e outras mordomias que sabem ser desproporcionados. E se o Estado não estiver pelos ajustes, então sempre há o recurso à greve efectivada em época de maior procura. E para causar mais impacto, de preferência esta greve é devidamente buzinada pelos órgãos de comunicação social, capitaneados pelos colegas afectos ao partido que tutela o sindicato.
Os administradores de coisa nenhuma (que são a maioria), mais os políticos da tutela, como não têm que prestar contas aos accionistas, [e por vezes também usufruem dessas greves, por efeito decorrente de familiares ou amigos beneficiarem dessas reivindicações], depois de alguma fingida hesitação cedem, e com isso, lá dão mais um golpe no baú do dinheiro público. O Estado, que somos todos nós, para ter uma companhia aérea de bandeira temos que pagar bem caro os caprichos dos sindicatos.
Como cidadão, entendo que manter à custa de capitais públicos uma companhia aérea cujo único benefício público é a ostentação de um nome Português, é um luxo que não estamos em condições de manter. Por isso, em vez de vender a TAP, entendo que esta deve ser dada aos sindicatos, para que estes retirem dela os rendimentos para satisfazer as suas reivindicações quase permanentes.
Assim, a TAP deixaria de custar dinheiro - muito - aos Portugueses.
Em conversa informal com amigo de criação veio à baila o tema "Medina Carreira"; ambos temos a mesma opinião sobre o assunto. Quer dizer, sem qualquer base de sustentação achamos que Medina Carreira é vitima de uma tentativa de silenciamento, e que , tal se deve ao incómodo que a alguns causam as verdades que, sem medo, diz em alta voz.
Rapidamente passamos ao tema da peça apresentada ontem no canal 2 da RTP acerca do banco GOLDMAN SACHS. Qualquer cidadão de entendimento médio achará estranho a ligeireza com que um homem da craveira técnica do governador do Banco de Portugal tenha falhado tão redondamente numa tarefa"para ele tão comezinha" como a supervisão das contas públicas, permitindo que estas atingissem um monumental descalabro. Tal falhanço foi extensivo aos governadores dos bancos centrais de Espanha, Irlanda, Grécia e, tudo leva a crer, de Itália.
Aquilo de que se suspeitava ficou mais claro depois do visionamento da dita peça televisiva. A crise da zona euro, tem por base a corrupção e o conluio. Verdade é que o Banco das terras do tio SAM domina a zona euro através da mais poderosa das armas "o dinheiro e a corrupção".. Mas tal não teria acontecido se os políticos e banqueiros "alguns" em vez de corruptos e coniventes com os interesses do grande capital fossem patriotas.
Só a ganância e ambição pessoal, a vileza, a falta de caracter e honra, aliadas à certeza da impunidade, permitem que sejam cometidos por estes escarros da sociedade os crimes de lesa pátria, cujos custos, sempre serão pagos pelo povo anónimo.
A democracia é sem dúvida a mais justa forma de exercer a governação, mas uma democracia tem de ser musculada, aplicando mão pesada a todos os que desvirtuem a sua essência.
Os que nasceram nos anos 48 a 50 do século passado, e que ainda por cá cirandam, têm ainda presente que, com todos os defeitos que lhe possamos apontar, o Estado Novo abominava as faltas de Patriotismo punindo severamente os que por acção ou omissão empreendiam condutas tendentes a prejudicar a Nação. Aqueles que, servindo-se de cargo público para em proveito próprio dele retirar benefícios em prejuízo do colectivo, eram de imediato substituídos no cargo ou função sem prejuízo de virem a ser condenados de acordo com a falta cometida.
E que ninguém dicesse que desconhecia a função patriotica que era o trato ou gestão da coisa pública, pois que, qualquer documento oficial terminava com a expressão "A BEM DA NAÇÃO".
A expressão "A BEM DA NAÇÃO" não era palavra vã; demonstrava claramente que o conteúdo do documento tinha como finalidade o BEM DA NAÇÃO que, no fundo era o bem de todos.
Hoje, infelizmente, do conteúdo dos documentos oficiais extrai-se implicitamente a expressão "A BEM DO TITULAR DO CARGO", o Povo que pague a conta.