Sou assumidamente anti comunista; não por não concordar com a doutrina de que emana, mas tão somente pela demonstração de inaplicabilidade de tais doutrinas, de que são exemplos vivos os Países onde vigorou tal regime.
O comunismo é pois uma utopia que, como qualquer outra, disso não passa. É imaterial, ideológica e por culpa dos homens tornou-se violenta demagógica e cerceadora de todas as liberdades que apregoava.
Milhões pagaram com a vida o ousarem discordar das suas doutrinas, ou maiormente, por não conseguirem atingir as metas que lhes eram impostas pelos tecnocratas do Partido do poder.
Mas, isto são contas de outro rosário e serviu apenas de intróito para dizer que sendo anti comunista, desta vez tenho de concordar com o defendido pelo Snr. Jerónimo de Sousa "grande timoneiro do PCP Português".
Não sei se as afirmações que profere têm em vista o bem do País, ou antes o ataque a tudo o que não seja Comunista. De igual modo não consigo perceber porque ainda continuam a usar a sigla Comunista quando é sabido que o Comunismo nem como utopia é tolerado especialmente nas zonas e Países donde nasceu, se manteve, e donde veio a definhar acabando por morrer.
Pois bem; mesmo que só por ideologia, o Snr. Jerónimo de Sousa está contra a Troika (mesmo com K) e, na minha modesta opinião, desta vez tem razão.
A troika representa o capitalismo puro e duro; é por culpa do capitalismo sem rosto e desumano que as Nações atravessam curtos períodos de prosperidade e prolongados de desalento. O capitalismo dá com uma mão o que tira com as duas, retirando sempre mais do que dá. Em certo período da idade média era proibida a prática de empréstimo a juros. Já por essas épocas a gula dos judeus endinheirados eram causa de guerras entre as Nações.
O Fundo Monetário Internacional representa hoje o que os Judeus usurários representavam na idade média. São um conglomerado de Bancos que emprestam com uma mão às Nações, para depois sacarem com todas as mãos o que emprestaram, mais aquilo que puderem em juros, ficando assim cada vez mais poderosos.
As agências de Rating são a guarda avançada que prepara o terreno para que as Nações que têm a infelicidade de lhes caír nas garras fiquem cada vez mais depauperadas.
Mas afinal quem são as Agências de Rating? Quem são a Standard and Poors, a Moody's ou a Fitch? Quem são os patrões destes vampiros a soldo?
Não é dificil a resposta; os verdadeiros patrões destes experts da finança que se movimentam numa espiral de deve e haver sem rosto, são os Bancos que formam o conglomerado do FMI.
São os gangsters dos tempos modernos; em vez de armas para executar o esbulho violento, o saque, e a agiotagem usam os rácios que de moto próprio manipulam levando a que os juros subam desmedidamente a níveis incomportáveis.
E, não se importam que um pequeno País como a Grécia fique completamente depauperado e insolvente devido ao roubo que representa as taxas de juro a que o submetem, pois que, isso é motivo para ser apontado como exemplo, e poderem continuar a roubar a outros Países, como Portugal, a Irlanda e futuramente a Espanha.
Tem razão o Snr Jerónimo de Sousa! Estes vampiros deviam ser corridos de Portugal e serem obrigados a renegociar a dívida em termos e prazos que nos permitissem honrar os compromissos assumidos por Governantes que, estes sim, deviam estar em reclusão pelo crime de lesa Pátria.
Que fique bem claro; as agências de rating já calcularam quanto irão os Bancos perder se a Grécia ficar insolvente e, como tal, haverá que sacar o máximo a Portugal e aos outros Países devedores de molde a que ainda fique muito dinheiro em saldo para além do que eventualmente deixarão de receber da Grécia.